"A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria.
Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração."
Madre teresa de Calcutá
"A todos os que sofrem e estão sós, dai sempre um sorriso de alegria.
Não lhes proporciones apenas os vossos cuidados, mas também o vosso coração."
Madre teresa de Calcutá
Já estou habituada a por vezes mesmo acompanhada...
A solidão é muitas vezes a companhia mais útil.
Milton
...sentir-me irremediavelmente só.
Abeirei-me de ti,
oh mar~~~~~~
um dia destinei ouvir-te,
oh mar~~~~~
calar-te no meu silêncio,
oh mar~~~~~
falaste-me da pureza
das tuas águas...
da grandeza dos teus tentáculos...
da beleza inconfundível da tua cor,
esse azul marinho ... esse azul cor do céu...
esse e esse azul natural...
da imensidão profunda dos abismos,
que escondes...
e, chorei, chorámos...
pelos tantos...
e tantos que tiveram em ti, o último embalo.
e ri, rimos...
pelos tantos...
que tiveram e tem em ti o sustento.
e, oh mar ~~~~~
deixa que te diga,
e o dolente cantar da maré
na tarde que caí,
na brisa que vai...
e aquela gaivota,
oh mar ~~~~~
que se passeia,
e se deixa espelhar
oh mar ~~~~~
na tua mansidão...
e aquela onda mansa
que se estanha junto à rocha,
e o meu olhar preso...
sim, oh mar ~~~~~
pairando nesta solidão.
peregrina 2011.10.05
Tenho muitas coisas, e às vezes, às vezes não tenho nenhumas.
peregrina 2001.02.24
Essas tuas mãos vazias,
rugosas e calejadas
deram tudo,
sem esperar nada
em troca.
Hoje,
esperam carinho,
esperam apoio,
esperam compreensão.
Oh velhinho!
Vem comigo,
eu te ajudarei,
confia, vem!
Sabes.
Velhinho, um dia serei!
Se lá chegar...
Quem me há-de ouvir,
quem me há-de amparar,
quem me há-de escutar!
Oh velhinho!
Quem me há-de amar!
peregrina 2009.04.06
Senhor!
que "ele" não sofra,
na amargura do sentimento,
de estar só.
Intensa é a solidão.
O interior não se mede.
É meu coração que fala,
eu sofro com ele e ...
ele não percebe.
peregrina (2009.01.14)
E eu lavada em lágrimas...
da net
-Que fazes ai criança,
sentada nesse penedo?!
-Quero ir ao cemitério,aaã aaã,
mas sózinha tenho medo.
-Que queres tu ir lá fazer,
se tu lá no vês ninguém?!
-Quero is beijar a campa, aaã,aaã,
a campa da minha mãe.
-Então tua mãe morreu,
sendo tu tão pequenina?!
-E morreu meu pai também, aaã, aaã,
enterrado numa mina.
Então com quem vives tu,
se já não tens pai nem mãe?!
-Eu vivo com meu irmão, aaã, aaã,
visto não ter mais ninguém.
-Então tu queres ir comigo,
que eu por ti velarei?!
bem haja minha senhora, aaã, aaã,
meu futuro encontrarei.
Estes versos decorei-os depois de os ter ouvido num teatro no Valverde, ainda em criança.
Desconheço o seu autor ou autores.
Sei que por esses anos íamos ao Valverde a pé ver o teatro que normalmente vinha de trás da Ilha, Piedade, ou Ribeirinha, não sei precisar.
Entre outros ficaram-se-me na memória estes versos que é de chorar até o coração se partir.