"Se queres ser Grande, torna- te o mais pequeno"
Palavra do Senhor.
Grande apelo à humildade, ao serviço, à entrega sem compensação, elogíos ou títulos, pois o Pai do Céu que tudo vê, tudo dará.
Pensemos nisto!
"Se queres ser Grande, torna- te o mais pequeno"
Palavra do Senhor.
Grande apelo à humildade, ao serviço, à entrega sem compensação, elogíos ou títulos, pois o Pai do Céu que tudo vê, tudo dará.
Pensemos nisto!
Hoje, foram juntas até Lisboa.
Aí, no aeroporto se apartaram.
Cada qual para suas vidas.
Nesse mesmo dia, em que a avó se fôsse viva faria 82 anos.
Far-me-ia a sua doce companhia, mas...
está junto do Senhor,
pedindo fervorosamente,
invocando a Mãe do Céu.
Sei que lá pede por nós todos.
...é uma falta, um vazio que me fica.
Ela não está mais ao pé de mim...
e elas vão, algo de mim se esvai.
Uma chegou depois da viagem e fica cá.
Cá no País, a acabar a sua especialidade.
A outra chegou, bem mais tarde.
Pois caminhou Norte acima,
até Guimarães.
Pernoitou lá em casa de amigos.
Regressou na manhã do dia 21 ao Porto.
Tinha de dar um salto maior.
Embarcou às 10h30m locais, 9h30m dos Açores.
Porto-Bélgica, destino do vôo, 2h30m de viagem.
Era dia de São Mateus, cá na Terra Natal.
Vai-me ficar lembrado.
A viagem, disse ela, foi boa.
Chegada ao aeroporto de Charleroi, na Bélgica
Eram 16horas locais, 14 horas nos Açores.
Sózinha, como da primeira vez.
Mas desta ainda pior.
Não conhecendo ninguém em redor.
Esperando por alguém desconhecido.
Lançada num mundo, que não conhecia.
Já havia visitado Bruxelas, anteriormente.
Mas apenas pequenos traços de uma grande cidade.
E dessa feita, acompanhada pelos colegas de Acken.
Actualmente, tem uma referência.
A colega Mónica com quem havia privado na Alemanha.
Esta está a trabalhar em Acken.
Cidade onde elas tiveram a fazer o Programa Erasmus.
Mas, entretanto, continua esperando,
Alguém que ela nem conhecia viria buscá-la.
Imagino o que ela sentia nestes infindáveis momentos.
Eu cá, não tinha um pouco de mim que não tremesse.
Um momento muito arriscado, pansava eu.
Um tiro no escuro.
e ela, ela paciente e ao mesmo tempo inquieta, esperava...
...esperava, sem um apoio, sem ninguém...
...apenas a toque do telemóvel
a conversa que eu daqui procurava manter.
Pouco a pouco, o tempo passava e...
para mim era tão longo, imagino o que não terá sido para ela.
Um toque, uma chamada, alguém lhe comunicava.
Era o senhor Lieven Gerard, com quem ela conversou.
Mas, pelo pouco contacto, não lhe percebera a voz.
Estava atrasado. Telefonou a informar.
Espectante e difusa aguarda mais algum tempo.
Para ali, muito rodeada certamente de muitos, e tão só.
Chegou. cumprimentos feitos, mala carregada, caminharam.
Viagem aproximada 45mn, que decerto terá parecido horas.
Imagino tudo isto.
Toda esta espectativa...
toda, com a intenção de ganhar dinheiro para...
...pois, muito calada nestes assuntos tudo ouvia...
e às vezes parecendo alheia, não respondia.
Mas...
dentro de si, ardia-lhe o coração e...
sonhava...
sonhava que iria conseguir.
Eis que, chegaram.
O Director, pareceu-lhe simpático.
Foi com ela a um hipermercado.
Aí comprou algo para mantimento.
Regressaram à casa do sr. Lieven Gerard.
Acomodou-se na residência com uma outra rapariga polaca.
Tem mais dois colegas, esses vão sair no fim do mês.
...
Há já vinte sete anos, como o tempo passa e veloz
sofrendo as dores do parto, fui mãe pela primeira vez.
Nasceste bem coradinha, teus olhitos a brilhar,
ainda junto a mim não te tinha, não conseguias chorar,
pois o cordão que a mim te prendia, estava-te a afogar.
Três ou mais voltas ele tinha envolvia-te o pescocinho.
Eu ingénua não percebia da enfermeira e doutor o burburinho.
Espectante e paciente, esperava para te ter junto de mim,
mas eis que de repente, o doutor Chaleira fala assim:
Pica-a, disse ele. para a enfermeira presente,
ao que ela logo obedece pois sabia o corrente,
Ao não seres picada, da vida estavas ausente.
Logo ao receberes a força que em ti foi injectada,
tua narinas se abriram e a vida puxaste de quase nada.
E eis que sinal de vida da tua boquinha se soltava.
o choro do recém nascido, e eu a ver-te, e mais nada.
Só fui saber daí a dias que havias sido baptizada,
pois temia-se que pudesses desta vida ser roubada.
A enfermeira D. Emília um lindo nome te deu,
Sendo ela a tua madrinha e pos-te o nome da Mãe do céu.
Maria ela te pôs para que pudéssemos escolher
outro nome a colocar atrás ou à frente podia ser.
Editora Educação Nacional
de Adolfo Machado
Ano da edição: 1969
Lindas páginas, santa inocência, belos tempos!Pouco mais de divertido tínhamos a não ser os livros, os jogos escolares e os contos dos pais e avós...
...que alegria ao reaver novamente estas páginas linnndas da minha infância!
Isto são páginas do meu saudoso livro da 3ª. Classe!
www.santa-nostalgia.blogspot.com
Fiquei radiante ao encontrar este blog na net, que guardava páginas de um tempo da minha vida que hoje não poderia reaver, pois o meu livro da 3ª. Classe foi emprestado e não teve regresso...
Nunca esquecerei os meus avós e os nossos antepassados que deram formas e edificaram, erguendo pedra a pedra, monumentos a rendilhado negro.
Negro, soado e persistente, para sustento de tantos e tantos que se recordarão ou esquecerão, não sei.
Sei que de dentro deles, ainda hoje brotam deslumbrantes e sumptuosas parreiras.
Parreiras onde se escondem, ao olhar do sol, espevitando raio a raio cada portal, cachos verdes doirados e roxos brilhantes.
Brilhantes e abanados pela aragem, ora quente, ora fresca, que o vento empresta a cada folha, bafejando de frescura os cachos, docemente embalados e luzentes.
Luzentes são os suspiros sumarentos e pisados que brotam de entre mãos e pés nos balseiros e lagares.
Lagares, para onde se escondem estes manjares de verdelho e tinto, bonitos cartões de visita da Vila, da Ilha e por que não da Região.
Região de onde outrora navegantes levaram até lá, à mesa dos Czares, este néctar delicioso, que:
De entre quadrículas negras,
basálticas e seculares,
nascem sumptuosas parreiras,
de perfumados cachos
triturados nos lagares...
...e deliciosos paladares,
outrora saboreados
nas lautas mesas dos Czares.
peregrina Verão2008
Aos que fizeram poema
de enxada e pique
na mão,
o grande livro das suas vidas,
folheado pelos sóis
de Verão
e limado pelos frios
invernosos,
a esses, honro,
toda a coragem,
força e labor,
pois fui embalada,
acarinhada e mimada,
nesse poema
de suor e de amor.
Tantos livros
foram escritos!
na lava,
há trilhos marcados!
Currais e maroiços,
são gritos,
por mãos e piques
moldados,
entre dias infinitos,
entre fome,
bolsas vazias
de pão
e figos passados.
... seus autores,
convictos selaram
um testamento.
Estes documentos
gravaram,
estes registos
para sempre,
ficarão na Ilha,
na pedra e nos trilhos
do intelecto,
da nooooossa Gente!
manomero29 Setembro2008