O desafio dos nossos dias...

22
Set 09

 

 

 

"Se queres ser Grande, torna- te o mais pequeno"

Palavra do Senhor.

 

Grande apelo à humildade, ao serviço, à entrega sem compensação, elogíos ou títulos, pois o Pai do Céu que tudo vê, tudo dará.

Pensemos nisto!

publicado por emcontratempo às 11:46

20
Set 09

 

 

Hoje, foram juntas até Lisboa.

Aí, no aeroporto se apartaram.

Cada qual para suas vidas.

Nesse mesmo dia, em que a avó se fôsse viva faria 82 anos.

Far-me-ia a sua doce companhia, mas...

está junto do Senhor,

pedindo fervorosamente,

invocando a Mãe do Céu.

Sei que lá pede por nós todos.

...é uma falta, um vazio que me fica.

Ela não está mais ao pé de mim...

e elas vão, algo de mim se esvai.

Uma chegou depois da viagem e fica cá.

Cá no País, a acabar a sua especialidade.

A outra chegou, bem mais tarde.

Pois caminhou Norte acima,

até Guimarães.

Pernoitou lá em casa de amigos.

Regressou na manhã do dia 21 ao Porto.

Tinha de dar um salto maior.

Embarcou às 10h30m locais, 9h30m dos Açores.

Porto-Bélgica, destino do vôo, 2h30m de viagem.

Era dia de São Mateus, cá na Terra Natal.

Vai-me ficar lembrado.

A viagem, disse ela, foi boa.

Chegada ao aeroporto de Charleroi, na Bélgica

Eram 16horas locais, 14 horas nos Açores.

Sózinha, como da primeira vez.

Mas desta ainda pior.

Não conhecendo ninguém em redor.

Esperando por alguém desconhecido.

Lançada num mundo, que não conhecia.

Já havia visitado Bruxelas, anteriormente.

Mas apenas pequenos traços de uma grande cidade.

E dessa feita, acompanhada pelos colegas de Acken.

Actualmente, tem uma referência.

A colega Mónica com quem havia privado na Alemanha.

Esta está a trabalhar em Acken.

Cidade onde elas tiveram a fazer o Programa Erasmus.

Mas, entretanto, continua esperando,

Alguém que ela nem conhecia viria buscá-la.

Imagino o que ela sentia nestes infindáveis momentos.

Eu cá, não tinha um pouco de mim que não tremesse.

Um momento muito arriscado, pansava eu.

Um tiro no escuro.

e ela, ela paciente e ao mesmo tempo inquieta, esperava...

...esperava, sem um apoio, sem ninguém...

...apenas a toque do telemóvel

a conversa que eu daqui procurava manter.

Pouco a pouco, o tempo passava e...

para mim era tão longo, imagino o que não terá sido para ela.

Um toque, uma chamada, alguém lhe comunicava.

Era o  senhor Lieven Gerard, com quem ela conversou.

Mas, pelo pouco contacto, não lhe percebera a voz.

Estava atrasado. Telefonou a informar.

Espectante e difusa aguarda mais algum tempo.

Para ali, muito rodeada certamente de muitos, e tão só.

Chegou. cumprimentos feitos, mala carregada, caminharam.

Viagem aproximada 45mn, que decerto terá parecido horas.

Imagino tudo isto.

Toda esta espectativa...

toda, com a intenção de ganhar dinheiro para...

...pois, muito calada nestes assuntos tudo ouvia...

e às vezes parecendo alheia, não respondia.

Mas...

dentro de si, ardia-lhe o coração e...

sonhava...

sonhava que iria conseguir.

Eis que, chegaram.

O Director, pareceu-lhe simpático.

Foi com ela a um hipermercado.

Aí comprou algo para mantimento.

Regressaram à casa do sr. Lieven Gerard.

Acomodou-se na residência com uma outra rapariga polaca.

Tem mais dois colegas, esses vão sair no fim do mês.

...

 

 

 

publicado por emcontratempo às 11:16
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17
Set 09

 

 

Há já vinte sete anos, como o tempo passa e veloz

sofrendo as dores do parto, fui  mãe pela primeira vez.

Nasceste bem coradinha, teus olhitos a brilhar,

ainda junto a mim não te tinha, não conseguias chorar,

pois o cordão que a mim te prendia, estava-te a afogar.

Três ou mais voltas ele tinha envolvia-te o pescocinho.

Eu ingénua não percebia da enfermeira e doutor o burburinho.

Espectante e paciente, esperava para te ter junto de mim,

mas eis que de repente, o doutor Chaleira fala assim:

Pica-a, disse ele. para a enfermeira presente,

ao que ela logo obedece pois sabia o corrente,

Ao não seres picada, da vida estavas ausente.

Logo ao receberes a força que em ti foi injectada,

tua narinas se abriram e a vida puxaste de quase nada.

E eis que sinal de vida da tua boquinha se soltava.

o choro do recém nascido, e eu a ver-te, e mais nada.

Só fui saber daí a dias que havias sido baptizada,

pois temia-se que pudesses desta vida ser roubada.

A enfermeira D. Emília um lindo nome te deu,

Sendo ela a tua madrinha e pos-te o nome da Mãe do céu.

Maria ela te pôs para que pudéssemos escolher 

outro nome a colocar atrás ou à frente podia ser. 

 

 

publicado por emcontratempo às 01:01

05
Set 09

 

 

" Se queres faz; ninguém o fará por ti."

(a-minha-beira.blogspot.com)

publicado por emcontratempo às 12:50

 

 

Editora Educação Nacional
de Adolfo Machado
Ano da edição: 1969

 

Lindas páginas, santa inocência, belos tempos!Pouco mais de divertido tínhamos a não ser os livros, os jogos escolares e os contos dos pais e avós...

o alcaide do castelo de faria 01

 

o alcaide do castelo de faria 02

 

 

 

...que alegria ao reaver novamente estas páginas linnndas da minha infância!

 a vocacao da cerejeira 01

 

a vocacao da cerejeira 02

 

 

 o cavalo e o leao santa nostalgia 01

 

o cavalo e o leao santa nostalgia 02

a sentença de salomão santa nostalgia 01

 

a sentença de salomão santa nostalgia 02

 

 

 

o lavrador da arada 1

o lavrador da arada 2

 

 

 a barca bela

 

 

 

 

bandeira de portugal trindade coelho

 

 

a voz dos animais 01

 

a voz dos animais 02

 

 

 luis de camoes livro de leitura da terceira classe 01

luis de camoes livro de leitura da terceira classe 02

 

os bois teimosos santa nostalgia 01

 

os bois teimosos santa nostalgia 02

 

 

 

 

Isto são páginas do meu saudoso livro da 3ª. Classe!

 

 vindimas_santa nostalgia_03

 

vindimas_santa nostalgia_02

www.santa-nostalgia.blogspot.com

 

Fiquei radiante ao encontrar este blog na net,  que guardava páginas de um tempo da minha vida que hoje não poderia reaver, pois o meu livro da 3ª. Classe foi emprestado e não teve regresso...


04
Set 09

 

 

"O que aprendemos com prazer, nós nunca esquecemos"

Alfred Mercier

publicado por emcontratempo às 11:05

 

 

Nunca esquecerei os meus avós e os nossos antepassados que deram formas e edificaram, erguendo pedra a pedra, monumentos a rendilhado negro.

 

Negro, soado  e  persistente, para sustento de tantos e tantos que se recordarão ou esquecerão, não sei.

 

Sei que de dentro deles, ainda hoje brotam deslumbrantes e sumptuosas parreiras.

 

Parreiras onde se escondem, ao olhar do sol, espevitando raio a raio cada portal, cachos verdes doirados e roxos brilhantes.

 

Brilhantes e abanados pela aragem, ora quente, ora fresca,  que o vento empresta a cada folha, bafejando de frescura os cachos, docemente embalados e luzentes.

 

Luzentes são os suspiros sumarentos e pisados que brotam de entre  mãos e pés nos balseiros e lagares.

 

Lagares, para onde se escondem estes manjares de verdelho e tinto, bonitos cartões de visita da Vila, da Ilha e por que não da Região.

 

Região de onde outrora navegantes levaram até lá, à mesa dos Czares, este néctar delicioso, que:

 

De entre quadrículas negras,
basálticas e seculares,
nascem sumptuosas parreiras,
de perfumados cachos
triturados nos lagares...
...e deliciosos paladares,
outrora saboreados
nas lautas mesas dos Czares.

peregrina  Verão2008 


03
Set 09

 

 

"Não percas tempo; o tempo corre, só quando dói é devagar"

Mafalda Veiga

publicado por emcontratempo às 17:26

 

 

    Aos que fizeram poema

    de enxada e pique

    na mão,

    o grande livro das suas vidas,

    folheado pelos sóis

    de Verão

    e limado pelos frios

    invernosos,

    a esses, honro,

    toda a coragem,

    força e labor,

    pois fui embalada,

    acarinhada e mimada,

    nesse poema

    de suor e de amor.

 

    Tantos livros

    foram escritos!

    na lava,

    há trilhos marcados!

    Currais e maroiços,

    são gritos,

    por mãos e piques

    moldados,

    entre dias infinitos,

    entre fome,

    bolsas vazias

    de pão

    e figos passados.

 

    ... seus autores,

    convictos selaram

    um testamento.

    Estes documentos

    gravaram,

    estes registos

    para sempre,

    ficarão na Ilha,

    na pedra e nos trilhos

    do intelecto,

    da nooooossa Gente!

 

    manomero29 Setembro2008

publicado por emcontratempo às 15:16

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