21 de janeiro...Combate o bom combate da fé, conquista a vida eterna, para qual foste chamado e da qual fizeste solene profissão diante de muitas testemunhas. (1 Tm, 6-12)Entre as virgens e mártires do tempo das perseguições, uma das mais famosas foi, sem duvida, Inês. Seu exemplo e seu culto alimentaram gerações de cristãos.
Inês mereceu ser inscrita no Cânone Romano da missa e, em varias datas, também nos Calendários Gregos. Suas relíquias foram distribuídas no ocidente e no oriente. Ela é conhecida também por uma tradição, que continua até hoje, ligada à entrega do Pálio aos Arcebispos pelo Papa. Os cônegos de São João do Ladrão, que servem na Basílica de Santa Inês fora dos muros, oferecem ao Papa dois cordeiros benzidos cada um no dia de sua festa (21 de janeiro), pelo pároco de São Pedro Vincoli e criados pelas religiosas do convento de São Lourenço e Penisperna; os pálios são confeccionados com a lã desses cordeiros.
Histórico
Segundo a tradição, sua família era cristã, possibilitando assim que fosse educada, desde cedo, no amor de Cristo, escolhendo-o como esposo, consagrando a Ele sua virgindade.
São Jerônimo e Santo Ambrosio nos transmitiram as noticias que temos hoje sobre Inês, inclusive que ela tinha apenas treze anos quando estourou a perseguição de Diocleciano contra os cristãos.
Santa Inês era de uma beleza extraordinária, o que provocava uma disputa entre os melhores pretendentes. Inclusive, o filho do prefeito de Roma a pediu em casamento e recebeu uma recusa, alegando, ela, ser esposa de Jesus Cristo. Foi, então, acusada de ser cristã e, por isso, foi presa.
O magistrado imperial procurou persuadi-la a negar Cristo. Inês não cedeu em sua fé, o que fez aumentar a ira do magistrado imperial que, ameaçando-a de morte, mostrou-lhe os instrumentos de tortura.
Nem mesmo tais ameaças intimidaram Inês, e ela com coragem e determinação declarou:
“Jesus Cristo vela sobre a vida e a pureza de sua esposa e não permitira que lha roubem. Ele é meu defensor e abrigo. Podes derramar o meu sangue, nunca, porem, conseguiras profanar o meu corpo, que é consagrado a Cristo”.
O magistrado fê-la arrastar-se até a imagem do ídolo pagão, e depois foi enviada para uma casa de prostituição, porem nenhum rapaz ousou aproximar-se dela.
No dia 21 de janeiro de 304, Inês entrega sua santa alma ao seu amado Jesus, recebendo assim a palma do martírio.
O nome Inês deriva de uma palavra grega que significa “
casta”. Foi, portanto, seu nome uma profecia e um programa de vida, pois Inês ficou sendo na historia da Igreja, o simbolo do pudor e da pureza, por cuja defesa ela se expôs ao martírio.
O Papa Damaso gravou sua historia em dezesseis versos sobra a sepultura, concluindo com essa suplica:
“Santa Gloria de pureza, inclita mártir, mostra-te benigna ás suplicas de Damaso”.
A castidade devera ser sempre encarada como uma opção de vida, a opção por um amor maior e mais abrangente, um amor sem limites e sem fronteiras. A castidade nunca devera ser comparada a uma mutilação, e sim a um estado pleno de amor.
Inês amou Jesus, seu divino esposo, e por Ele alegremente consagrou sua vida, sua pureza, enfim, seus vigorosos 13 anos até o martírio.
Santa Inês é sempre lembrada na ladainha de todos os santos, é também a padroeira da paróquia que traz o seu nome em Balneário Camboriú.
Peçamos a Virgem Mártir Inês que interceda a Jesus, pelos nossos jovens, para que eles descubram o valor e a riqueza da castidade, em todos os níveis vocacionais.
Oremos:
Ó Deus, que destes à Vossa Igreja a Mártir Santa Inês como exemplo de pureza de vida, ornada de todas as virtudes, fazei que as nossas jovens encontrem em sua vida um modelo de fé e de amor a seguir, servindo somente a Cristo e seu Reino. Por sua vida e por seu mérito afastai nossa juventude os males que a rodeia: as drogas, as más companhias, o indiferentismo religioso e todas as tentações do mal. Que Santa Inês interceda junto a Deus em favor de uma juventude sadia, alegre e animada pela vida, cheia de entusiasmo pelas coisas de Deus e de esperança de um mundo melhor. Santa Inês, rogai por nos.
Amém!
in
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