Se puder...
O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. Para os valentes é a oportunidade...
Seja valente, mude o seu futuro. Agarre essa oportunidade...
(Vitor Hugo)
ou se o deixarem...
Se puder...
O futuro tem muitos nomes. Para os fracos, é o inatingível. Para os valentes é a oportunidade...
Seja valente, mude o seu futuro. Agarre essa oportunidade...
(Vitor Hugo)
ou se o deixarem...
Côro
Ora venham vê-las
que vão a passar
de cesto no braço,
vem de vindimar.
Ora venham vê-las
que vão a passar
de cesto no braço,
vem de vindimar.
Juras Manuel ser meu,
Juras Maria ser minha
Fazem promessas de amor,
no adro da ermidinha.
Leia-ra-reia-ra-reia,
leia-ra-reia-ra-ra.
....
(devem ser mais versos, só que não me lembro.
estes foram os que decorei quando vi o Teatro penso que da Ribeirnha, não sei?!
era ainda criança de escola, já lá vão alguns dias:)
Côro
....
Foi à beira do lagar
que aquele amor começou,
o Zé andava a pisar
ela assim o namorou.
Eram horas de alegria
que ninguém sabe contar
o sangue deles fervia
como o vinho no lagar.
E a brincar,
veio a sede dos beijos,
junto ao lagar,
foram matar seus desejos,
tal qual como o vinho doce,
eram doces os seus beijos.
Tal qual como o vinho doce,
eram doces os seus beijos.
Passaram dias,
e o vinho doce azedou,
e a Maria,
com o seu Zé se zangou,
tal qual como o vinho doce
aquele amor azedou.
Tal qual como o vinho doce,
aquele amor azedou.
Cantares de teatros no tempo da minha infância.
Íamos a pé até ao Valverde, para aí ver Teatro Amador.
Alguns eram de cá.
outros vinham de freguesias de trás da Ilha, como por aqui se diz.
E que não seja tomado em tom depreciativo como muitos podem pensar.
É que faziam-se mesmo muitos teatros que vinham até cá.
Sei de alguns que eram da Piedade, Ribeirinha, etc...
Eu sou uma desgraçada,
no Mundo não tenho nada,
o meu conforto acabou.
É bem triste a minha vida,
eu sei bem que estou perdida
e a minha mãe me faltou.
Com este golpe tão profundo,
para que vim eu ao mundo,
padecer sem ter ninguém.
Pai Celeste vela por mim,
não posso viver assim,
leva-me para minha mãe.
Tens quem vele por tua vida,
não chores ó filha querida,
sinto bem a tua dor.
Como é triste a orfandade
e quando na tua idade,
um verdadeiro horror.
Também conhecia voz latente
que me acarinha fortemente
tua mãe falta me fez
quanto é grande a minha dor
tua mãe, ó meu amor,
deixou-me na viuvez.
Vamos correndo a nossa sorte,
não falemos mais na morte
daquela que eu tanto amava.
Como foi é que eu não sei
e mesmo nunca pensei
que tão cedo nos deixava.
E mesmo nesta orfandade
e na maior humildade
de quem conforto não tem,
ainda me resta um aizinho
que me afaga com carinho
fingindo a minha mãe.
Somos ambos desgraçados
a cumprir os tristes fados
que a sorte nos destinou.
Somos dois orfãos na vida,
gemendo a falta sentida
que esta santa nos deixou.
(versos escritos por minha mãe e que encontrei há pouco tempo, entre fotos e recordações dos meus pais.
Querida mãe, tinhas dezanove anos aquando do falecimento da minha querida avó Maria da Glória que infelizmente não conheci.
Hoje, volvidos tantos anos daqui vos envio um beijinho de luz.
Olhem, olhem aquelas estrelitas faíscando muídinho...
...é para vós que eternamente saudosa vos mando este beijiiiiiiinho e ...
do meu rosto, cá na terra caí silenciosa uma lágrima devagarinho,
como a acarinhar-me deste aí que solto e vaiiiiii........ neste beijinho.......)