Hoje as pessoas esqueceram totalmente a importancia do postal de Natal como elo de ligação, comunicação da alegria de abrir aquele envelope e depois de lido e chorando as saudades dos seus, do seu Pico, dos seus natais pobrezinhos, mas felizes.
E vai logo colocá-lo na árvore para ter sempre presente esta missiva de carinho e lembrança dos seus.
A história dos postais de Natal
"Apesar das novas tecnologias, ainda há quem prefira enviar postais a desejar Boas Festas, na época natalícia.
A ideia original partiu de Henry Cole, em Dezembro de 1843. Henry Cole era director do South Kensington Museum, (rebaptizado com o nome The Victoria and Albert Museu, em 1899).
Além da direcção do museu, Cole era assistente no Public Records Office, escritor, editor de livros e jornais. Fundou The Journal of Design e possuía o Summerly's Home Treasury, jornal através do qual eram publicados livros infantis.
Henry Cole costumava escrever aos familiares, amigos e conhecidos a desejar Boas Festas. No entanto, a vida profissional deixava-o com pouco tempo para redigir tantas cartas.
Na época era costume utilizar-se papel de carta decorado com motivos natalícios ou cartões de festas genéricos, onde bastava acrescentar a festa a que se referia.
Foi a falta de tempo para escrever a todas as pessoas a quem pretendia desejar Boas Festas que levou Henry Cole a pedir ao pintor John Callcott Horsley para criar um postal com uma única mensagem, que pudesse ser duplicada e enviada a todas as pessoas da lista.
Nos postais podia ver-se uma família a festejar, brindando a um amigo ausente (a pessoa a quem se dirigia o postal), com um copo de vinho tinto.
Em cada um dos lados, estavam representados actos de caridade: "vestir os desnudados" e "alimentar os pobres". Na legenda podia ler-se "Merry Christmas and a Happy New Hear to You" (Feliz Natal e um Próspero Ano Novo para ti).
Os postais foram impressos num cartão por Jobbins de Warwick Court, em Holborn – Londres, pintados à mão e, os que não foram utilizados, publicados no Summerly's Home Treasury. Foram vendidos cerca de mil postais por um xelim.
O facto de a imagem central do postal representar uma família a brindar causou grande controvérsia, sendo alvo de várias críticas, já que ver crianças a beber um pouco de vinho era considerado como um incentivo à corrupção moral dos mais pequenos. Perante isto, os postais foram retirados de venda.
Acredita-se que no ano seguinte Henry Cole não usou o método dos postais para desejar Boas Festas. Contudo, o hábito de enviar postais de Natal vulgarizou-se um pouco por todo o mundo.
(nota que tirei da net)

Aproxima-se o Natal
Por tradição, 8 de Dezembro, dia da Imaculada Conceição, é a data a partir da qual o ambiente da Natal entra na minha família e creio que na de muitos portugueses.
Eu sei que o natal consumista entre cada vez mais cedo em nossas casas e não tarda que isso aconteça ainda em pleno Verão, mas tradição é tradição e só a partir desse dia é que é montado o presépio e, por conseguinte, principia a contagem decrescente para o tão esperado dia, sempre num ambiente e espírito natalícios.
Sou de uma família católica, por isso é natural que o Natal tenha ainda o verdadeiro significado de uma festa cristã, onde a figura principal é o Menino Jesus, bem como toda a mensagem humana a ele subjacente.
É extremamente difícil alhearmo-nos dele, mas o natal consumista e comercial, regra geral, não é bem-vindo. O pai natal é assim uma figura menor, por ser uma figura ridícula e ridicularizada, aproveitada indecentemente por tudo quanto é comércio.
Dentro do verdadeiro espírito de Natal, o cristão e não o comercial ou pagão, durante este mês de Dezembro e até ao Dia de Reis (6 de Janeiro) faremos por publicar aqui memórias e nostalgias relacionadas com a festividade, com a quadra.
Hoje principiámos com uma série de postais de Natal, pintados pela mão da talentosa Laura Costa, para uma edição dos CTT, em 1942, repletos de ternura e que nos reportam a um tempo de meninice, já passado mas que ainda vive nas nossas memórias e na nossa alma."
- Adoração do Menino
O postal de Natal, para além da sua história e da sua origem, é um elemento nostálgico e profundamente actual ligado a esta festividade cristã.
Hoje em dia, com a Internet, vulgarizou-se o envio dos chamados postais electrónicos, não só em imagens estáticas, como também com efeitos e mensagens animadas. Para além dos temas clássicos, como a sagrada família, o presépio, as paisagens com neve, anjos, pastores, reis magos e noites estreladas e cintilantes, proliferam também temas pouco dignificantes e adulterados misturando erotismo e humor despropositado.
Todavia, para além destes negativos sinais dos tempos em que o Natal tende a tornar-se numa festa pagã, dedicada ao Santo Consumismo, filho do Santo Comércio e da Santa Economia, com o Pai Natal a fezer figura de vendedor de propaganda consumista, os postais de Natal na forma clássica ainda continuam a ter o seu lugar mas, verdade seja dita, tendem a desaparecer.
No meu caso pessoal, desde criança que os postais de Natal me fascinaram pela beleza das suas ilustrações e cores.
Recordo-me desde há muito de receber postais lindíssimos, e calendários de mesa, com quadros pintados por deficientes, uns pintados com o pé, outros com a boca. Sempre valorizei estes postais e por diversas vezes os adquiri para distribuir por familiares e amigos.
Com todo este fascínio, ainda guardo um bom lote de postais mais ou menos antigos e, independentemente da época do ano, é com especial carinho e fascínio que os contemplo e sempre os associo à festividade do nascimento de Jesus.
Reproduzo aqui alguns postais, incluindo alguns retirados de sítios da Internet.
copiado da net