Louvor em boca própria é vitupério.
O jovem, o filho, o estudante de hoje, vive atrofiado, afogado por uma sociedade adulta
que não o estimula positivamente, mas que o enche de tudo, abalrroa-o de tudo o que é brinquedos, dos normais aos mais sofisticados,
música em "pó", computadores para brincar e divertir, tuuuuuuudo.
Mas carênciados de educação cívica, bons costumes morais que só se aprendem no berço.
Falta de respeito para com superiores, professores e mesmo uns para com os outros.
Por vezes, não poucas, frequentam ambientes cercados de maus exemplos.
Apesar de muitos conviverem em actividades sócio-recreativas, são estes mesmos influenciados por outros...
Não se nota grande preocupação de para onde caminha esta juventude.
Vivem quase entregues a si próprios.
Fartos de vontades, fartos de tudo e de nada.
Insconscientes porque a idade assim o permite, conduzidos a auto-destruirem-se.
O perigo espreita a cada esquina.
O vício alarga-se a cada recanto e...
...só para quem vê, e está atento, é preocupante.
Noutros tempos, também havia "más inclinações".
Mas a obediência e respeito também eram maiores.
Talvez porque a educação era mais austéra...
Talvez porque se impunham boas maneiras e bons costumes...
De qualquer modo, algo de bom ficava:
o respeito pelos superiores, ainda que, às vezes, o não merecessem,
o respeito pelos idosos, e até o carinho, pois quase todos tinham os avós em casa.
Que bom se hoje ainda assim fôsse, em vez de os despejarem para os lares e casas de acolhimento.
Por tudo isto, impera que os adultos procurem incutir nos jovens exemplos de vida.
Sejam eles os primeiros a respeitarem-se, para exigirem respeito.
Sejam eles os primeiros a criarem ambientes sádios, principalmente nas suas mentes perversas.
Sejam eles os primeiros a acarinhar a idade sábia que já viveu uma vida, com todos os seus encantos e desencantos.
Para que as nossas crianças e jovens se motivem por coisas boas, e saibam escolher, reflectir, encarar, acarinhar o mundo onde estão inseridas.
Nós os adultos, devemos e temos de sentir a obrigação de educar, pelo nosso exemplo responsável e motivante.
Esta etapa ainda nos cabe a nós, não imputemos aos mais indefesos.
Isto é para nós, não tenhamos dúvidas.
É muito difícil, mas ... é absolutamente necessário.
peregrina