O desafio dos nossos dias...

26
Set 19

"Já enunciei os deveres recíprocos dos cônjuges: respeito, fidelidade, coabitação, cooperação e assistência.

Não me vou debruçar sobre cada um destes deveres, que, por definição, se compreendem. Vou, apenas, reflectir sobre o que entendo sobre o modo como os cônjuges devem nortear a sua vivência.

Começo por dizer que não é fácil viver “a dois “. No princípio, geralmente, tudo corre às mil maravilhas. A lua de mel prolonga-se por mais ou menos tempo, dependendo da maneira de ser, da educação recebida no lar de cada cônjuge e/ou das companhias com quem se estabelecem relações. É evidente que, se o grupo de casais com quem se convive, foi bem orientado na sua preparação para o casamento, se o ideal do casal e dos seus amigos for coincidente no bom sentido, será certo que as confidências trocadas servirão para atenuar as eventuais “escaramuças”. Caso contrário, elas surgirão, incitadas, até, pelos que se dizem amigos.

Fui muitas vezes convidado para apadrinhar jovens casais. Nas palavras que, no final do copo de água, dirigia aos recém casados nunca faltava este conselho: “nunca, mas nunca – por amor de Deus e do vosso Amor - adormeçam sem se darem um beijo de boa noite”, mesmo que a zanga ou a eventual razão de queixa, que tenhais, seja séria e real.

Alguns dos meus afilhados já me agradeceram tal conselho, porque, disseram, muitas vezes o beijo terminou em reconciliação ou, pelo menos, atenuou o azedume.

Eu próprio, que estive casado durante 51 anos – 1958 a 2009 – utilizei o método algumas vezes, felizmente não muitas. Penso que a maior parte tem conhecimento que sou viúvo e que, se a minha mulher não tivesse “partido”, teríamos, agora, 58 anos de convivência.

Disse o Papa Francisco que, na convivência, “entre todas as coisas aquilo que mais pesa é a falta de amor. Pesa não receber um sorriso, não ser recebido. Pesam certos silêncios”. Noutra ocasião, disse o mesmo Papa Francisco, que, no casamento, há três palavras mágicas, que o casal teima em esquecer:” PEDIR LICENÇA, OBRIGADO E DESCULPA”.

“O matrimónio é uma longa viagem que dura toda a vida, necessitando da ajuda de Jesus para os cônjuges caminharem juntos com confiança, para se acolherem um ao outro todos os dias, e se perdoarem todos os dias” - Palavras de Francisco, noutra catequese."

da net

publicado por emcontratempo às 11:59

13
Set 19
"O casamento é a história romântica mais feliz da nossa vida. Todos nós sempre sonhamos com este grande dia (que se mistura como um conto de fadas).

 

O casamento é uma festa de grande dimensão e em simultâneo um contrato. Houve e sempre haverá um fascínio pela «pompa e a circunstância» dos casamentos: a saudade dos contos de fadas.

 

O ritualização e a festa constituem momentos de memórias para mais tarde recordar e sonhar.
Casamento, matrimónio é vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental. Deve ser baseado em ideais puros e sentimentos recíprocos numa relação afectiva entre duas pessoas. Mas o casamento também é um contrato com a finalidade do compromisso da fidelidade e sexo. Casar é um acto de conformidade em que se obtém licença legal para ter filhos com honoralidade social dentro da legalidade.
 
Pequena resenha histórica do casamento
 
A união e a família faz parte de uma realidade social, construída junto com a evolução da humanidade. Durante séculos, as pessoas passavam por rituais da corte, com um parceiro, e então partiam directamente para o casamento que deveria ser para toda a vida. Uma união que pretendia a procriação, passou também por cotas ligadas ao valor das propriedades, à conquista das terras e aos acordos políticos entre os nobres.
 
O casamento era essencialmente um acto de aquisição. O noivo adquiria a noiva, a transacção era selada por meio de pagamento de uma moeda de ouro ou de prata.
 
No passado um jovem casal, que iniciava a vida a dois, tinha suporte emocional e logístico, pois contava com o apoio da família (antes numerosa).
 
Nos anos 60, recordo-me perfeitamente, ainda se fazia negócio dos bens antes do casamento. A noiva tinha que levar dote.



O casamento de hoje

Se olharmos a história do casamento ao longo dos séculos, as mudanças hoje registadas estão relacionadas com a mudanças da mulher na sociedade. As mulheres trabalham como o homem e partilham com ele o fardo conjugal. A modernidade trouxe dificuldades aos casais. Debaixo do mesmo tecto surgem diferentes ilusões e expectativas pelo que há que cultivar a amizade com indulgência para que o casal funcione. A vida comum é a compreensão, interessar-se, dar e receber. Senão resulta uma batalha muito difícil.

Hoje, infelizmente, o número de divórcios permite-me concluir que algo está a falhar na instituição do casamento. Neste tempos de mudanças, há que reciclar o casamento, reconstruir e dar novas energias e optimismo à relação consagrada.
 

Os tempos evoluiram, sem duvida. A mulher, hoje em dia, tem os direitos dos homens no trabalho e as mesmas responsabilidades. Mas, antes de casarem, os noivos devem conhecer muito bem a pessoa com quem vão casar.
 
Não sou contra o divorcio, de maneira nenhuma, mas na ultima instância. Por exemplo: droga, adultério permanente, jogo incontrolável, alcoolismo, etc. Mas, mesmo assim, temos que ajudar e ver qual a razão destes comportamentos.
 
Costumo dizer que a caridade começa em casa.
 
Algumas dicas para salvar o casamento
 
Faça um casamento por amor. Hoje em dia não é fácil, mas é possível, com consciência tentar salvar o amor e a alma do casamento, para um bem-estar dos filhos e de nós próprios.
 
Tem de haver diálogo, convivência civilizada, palavras de apreço, carinho físico, amabilidade, compreensão, espaço de ajuda e respeito.
 
Os inimigos da desejável boa comunicação são as críticas, ataques pessoais e desprezo. (que são nojentos)
 
Quem quer um casamento feliz obriga-se a um desempenho especial. Há regras e estratégias para o casamento funcionar e sabe-se que os pequenos passos levam longe.
 
A filosofia do casamento não é atracção física. É justamente a harmonia, complementaridade e cumplicidade.
 
A cultura do casal no casamento reflecte a sua vitalidade como qualquer coisa importante que liga as pessoas e as estabiliza nas relações.
 
Conhecer bem o passado, os sentimentos, os gostos são formas de salvaguardar-nos dos aborrecimentos quotidianos; renovar, evoluir e ouvir. O aperfeiçoamento intelectual e espiritual tornam a relação mais atractiva.
 
Para um casamento funcionar deve partilhar-se o desejo de compromisso para a vida com respeito, honestidade, confiança, intimidade.
 
Ser-se autónomo não é ser prisioneiro. «Cultivar-se o jardim privado» não será uma vida dupla mas a descoberta de talentos.

Não há igualdade entre homens e mulheres. Os homens e as mulheres têm um papel«diferente na sociedade».
 
A mulher têm mais trabalho que o homem. Sempre foi e sempre será assim, caso queira manter o casamento. Por mais que ele tente colaborar, não tem a capacidade de lidar com toda a situação como: lidar com os serviços domésticos, trabalho, filhos etc., etc.

Ainda nos tempos de hoje a maioria dos homens é mais conservador do que a mulher, no que diz respeito à familia...
 
A mulher pode proporcionar ao seu marido aquilo que ele quer para se sentir feliz. O homem gosta de se sentir importante. Gosta de ter orgulho na sua própria mulher, que ela esteja bem apresentada, que o acompanhe nos passos mais importantes da sua vida. Quando chegar a casa precisa de tempo e de espaço para ter a sensação que está livre, ler o jornal, mudar de roupa, ter uma cadeira preferida, enfim, pormenores que se conhecem da natureza da psicologia masculina. O homem tem de sentir confiança para estabelecer boa comunicação. É essa a medida da sua relação no casamento.
 
A mulher deve cultivar a sua intuição, sem todavia confessar ou partilhar todos os seus segredos. Tente ser inteligente.
 
Se a mulher toma conta do marido como se fosse a sua mãe, deixa de ser a mulher com quem ele casou. A mulher deve trabalhar para sua identidade. Saber dizer não é importante. O orgulho feminino deve ser inteligente. Deve fazer do seu casamento um caso único.
 
O casamento é um encontro de almas, certas evoluções enriquecem-no mais do que imagina.

Todos os casamentos passam por fazes difíceis; saiba superar os momentos menos bons. O casamento nem sempre cumpre a fantasia que dele se tem.
 
Na vida de casada não pode mudar o seu marido, mas pode mudar-se a si própria; é a única batalha que pode ganhar.
 
Se quer o seu marido para sempre, para o melhor e para o pior, deve continuar com coragem e disciplina.
 
A boa comunicação, é a parte vital do casamento.
 
A cortesia evita a escalada do mau estar, que é a porta aberta para o rancor.
Penso que vale a pena lutar pelo seu casamento. Foi tudo aquilo que sonhou e fantasiou. O casamento é uma relação estável e promotora de estabilidade, pois é uma declaração pública de compromisso. Não é uma instituição económica.
Lute cada vez mais pelos valores familiares e sociais. Como é importante para si e para os seus filhos a sua estabilidade familiar.

Agradeça todos os dias por ter encontrado a companheira(o) da sua vida. As pessoas não são iguais, completam-se.
A união faz a força
 
Como é maravilhoso conservar a família enquanto há vida, e não sentir o peso da solidão.
 
Espero com as minhas pequenas dicas, possam ajudar a ser mais feliz no seu casamento."
 

de Maria Helena Ribeiro

publicado por emcontratempo às 11:08

10
Set 19

Círculo

Nossos filhos irão crescer,
os filhos, de nossos filhos
outros vão ter....
Os filhos de nossos netos,
filhos terão.
Nós, em sua maioria não os
veremos.
Mas eles todos, trarão consigo
o mesmo amor, do nosso coração.

Roldão Aires

publicado por emcontratempo às 15:36
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Os avisos sobre a fragilidade da economia mundial não param de aumentar. Os sinais de que algo grave pode estar a acontecer debaixo dos nossos olhos multiplicam-se. 

 
Num dia é a Alemanha que avisa a população alemã para guardarem água e alimentos; noutro dia é uma fuga de informação sobre o Reino Unido e o que pode acontecer com a sua saída da União Europeia (O famoso Brexit) ou seja, um suposto desastre económico dos nossos amigos ingleses que afetaria toda a economia europeia; dias depois é o anuncio da queda generalizada das Bolsas; surge depois o anuncio da fragilidade dos Bancos Alemães; A China, A Rússia, a Alemanha que compram cada vez mais ouro e todos os grandes países que se rearmam até aos dentes e compram cada vez mais meios militares (aviões, barcos, armamento) a quem o produz.
 
Percebemos que algo se está passando nos bastidores da economia e política mundiais e que há uma grande tensão e nervosismo. Uma transformação que está vindo junto com a digitalização do mundo que conhecemos e que deixará de ser como o conhecemos muito em breve, talvez demasiado depressa para a nossa capacidade de adaptação a ele, mas que nos fará cada vez mais dependentes do sistema instalado e cada vez mais vulneráveis pois teremos cada vez menos a possibilidade de escolha sobre o nosso caminho, a nossa vida, as nossas escolhas. 
 
Começou com não podermos usar dinheiro físico para compras superiores a um determinado valor, continuou com a digitalização de quase tudo nas nossas vidas, surge agora com a quase obrigatoriedade de todos terem um cartão bancário para movimentar as contas e qualquer dia proíbem-nos de ter dinheiro físico ou ouro em casa ou então vão querer saber tudo quanto temos. Será para melhor nos controlarem?? 
 
Seja como for o nosso conselho será:
 
1 - Libertem-se de TODAS as dívidas que tenham para que não fiquem com as vossas vidas condicionadas e nas mãos dos banqueiros ou outras instituições financeiras;
 
2 - Não façam mais créditos para coisa NENHUMA. Juntem dinheiro para adquirirem aquilo que querem ou fazer viagens... Não morremos se durante um tempo não tivermos essas coisas ou não fizermos a tal viagem, enquanto juntamos o dinheiro! Compreendam que essas necessidades são criadas artificialmente (peritos em marketing estudam e analisam até ao mais pequeno detalhe como nos influenciar e levar-nos a comprar o que eles querem) pelo sistema financeiro e banca, que ganham milhões com isso, sobretudo quando deixamos de poder pagar. Saber poupar, na maioria das vezes tem que ver com cada um e não com o valor do salário. Há pessoas que ganham 700€ e conseguem ter uma vida equilibrada e poupar dinheiro e outras com um salário de 100 000€ nunca têm dinheiro para nada. 
É preferível pagarem renda por uma casa, se não tiverem dinheiro para a pagar a pronto do que ficarem 30 anos das vossas vidas a pagar pela compra de uma casa que ficará 3 vezes mais cara do que o seu valor real, enchendo descomedidamente os bolsos da banca. Com o excesso do que pagam à banca fariam todas as viagens que desejassem nesses 30 anos em que hipotecaram a vossa vida. Façam as contas, reflictam. Eu sei que em Portugal este é um assunto muito polémico! 
Conheci pessoas que para pagarem o empréstimo ao banco nem tinham dinheiro para comer, mas queriam continuar com aquela casa. E hoje, os filhos não querem saber da casa para nada. Têm as deles, mais modernas e aquela casa dos pais é considerada um mono, um horror... Conheci outros que tinham uma 2ª residência toda paga mas quiseram fazer umas remodelações, não tinham dinheiro, foram pedir empréstimo ao banco por 25 anos! Vão levar 25 anos a pagar as obras de remodelação, quando já estavam livres de dívidas... Não fazem mais nada, não viajam, não vão comer fora, não vão a lado nenhum para poderem pagar ao banco...! Será que as obras eram assim tão importantes? Será que a piscina era tão vital, num país com problemas de seca?
É para os nossos filhos, dizem alguns. Compreendam que daqui a 30 anos haverá casas muitíssimo mais modernas e com as ultimas modas instaladas e tudo o que os vossos filhos vão fazer é venderem a casa que tantos sacrifícios vos custou para ajudar à compra da nova casa dos sonhos deles ou pura e simplesmente demolirem-na para construírem a casa com que sonham. A casa dos nossos sonhos não é a casa dos sonhos deles. Façam as contas, informem-se. Ah...os juros estão baixos! dizem alguns...pois, mas é de propósito, quando eles tiverem vendido tudo o que querem a credito, os juros subirão porque é essa a forma de eles ganharem dinheiro.
 
3 - Se tiverem dinheiro vosso para investir, sem necessidade de pedirem empréstimo, invistam numa casa e terrenos no campo. Se coisas graves acontecerem nos países, as cidades são as primeiras a serem afectadas  e teremos de procurar refugio nos campos. E provavelmente o dinheiro no banco não valerá nada. Se tiverem terrenos, cultivem hortas e pomares diversificados. As flores e plantas de jardim são bonitas mas não nos alimentam. É também uma forma de comerem coisas saudáveis e economizarem algum dinheiro. Quem já vive no campo, em caso de crise é só comprarem mais galinhas, coelhos, patos, perus e se houver uma crise grave têm tudo o que precisam de primeira necessidade. Também podemos mudar a nossa alimentação para comermos mais legumes, frutas e vegetais e menos carne ou peixe. Quem tem rios perto, também pode ir pescar, no Verão não é agradável, mas nas outras Estações do ano é muito bom. O objetivo é sermos auto-sustentáveis.
 
4 - Tenham água e energia fora do sistema instalado, para não ficarem dependentes. Tenham um furo de água e optem por energias renováveis.
 
5 - Façam uma reserva de alimentos não deterioráveis, tenham um churrasco e carvão vegetal ou lenha, para poderem continuar a preparar a vossa alimentação em caso de falhas graves de electricidade ou gás. Podem também instalar um forno solar artesanal.
 
6 - Muitos têm vinhas para fazerem vinho, procurem ter antes vinhas com uva de mesa. Certo que o vinho é muito agradável, mas em caso de necessidade ou de precariedade de alimentos não nos alimentamos de vinho. Mas as uvas sim, podem alimentar-nos!
 
7 - Cada vez que fizerem uma compra interroguem-se se precisam realmente disso. Qual a importância real de despender dinheiro para comprar esse artigo. Compre apenas se precisar e não compre a crédito. Estude as suas necessidades e da sua família e não compre um bem só porque um amigo comprou. Talvez ele precisasse disso, mas você se calhar não precisa.
 
8 - Não invista o seu dinheiro em coisas de que não entende. Senão pode perder tudo. Não é porque alguns dizem que ganham muito na bolsa ou noutro negócio que vamos investir nisso se não conhecemos o assunto.
 
9 - Invista na sua saúde, isso é importante. Não adie mais as consultas e o seu check up. Se não tivermos saúde não conseguimos fazer a nossa vida normal e podemos tornar-nos num peso para a nossa família.
 
10 - Hoje, nenhum emprego é seguro. Hoje temos emprego mas amanhã podemos não ter. Mesmo empresas  ditas seguras acabam rápido, se houver má administração e isso são coisas que não podemos controlar. Se temos uma empresa que funciona hoje muito bem, dentro de 2/3 anos podem as coisas mudar e deixar de funcionar bem e termos de nos desfazer dela. Precisamos estar preparados e não gastarmos tudo quanto temos a cada mês.
 
11- Aproveitem as coisas simples da vida, valorizem aquilo que já têm, vivam o presente. O passado já foi, já não interessa, o futuro ainda não chegou e será aquilo que nós fizermos dele hoje, além disso não sabemos se estaremos cá para esse ambicionado ou projectado futuro, portanto vivamos o presente. Aproveitemos aquilo que já conquistámos, os amigos, a família do presente. Há pessoas que vivem tão projectadas no futuro e no que querem no futuro que vivem correndo e se esquecem de viver o presente e depois, às vezes, acontece um acidente de percurso e não aproveitaram nada do que tinham. Faça um piquenique em família, não é preciso ir a restaurantes o tempo todo. Arranje um local bonito, aprazível junto de um rio, de uma barragem, na montanha, respire ar puro, vá fazer um piquenique em família ou com amigos.
 
Tentemos ser melhores a cada dia, sermos honestos, pessoas confiáveis. Vivamos com ética e moral. Ajudar o nosso próximo sempre que nos for possível apenas com o intuito de o auxiliar sem segundas intenções. Criemos abundância nas nossas vidas. Sejamos auto-sustentáveis sempre. Não olhemos para o lado, para o que o vizinho ou amigo têm. Não sabemos o intimo de cada um. Talvez tudo isso seja para essa pessoa um suplicio, por alguma razão. Vivamos felizes com o que temos e aproveitemos a vida hoje.
in jardimminhoto.blogspot.com
 
 
publicado por emcontratempo às 15:30

Como faço a poda das minhas laranjeiras I

 
    Esta laranjeira está em mau estado, não é podada à 4 anos. Quase não entra luz para o interior da árvore, está cheio de ramos verdes. Este ano deu poucas laranjas e está cheia de ferrugem.

 
   Quando faço uma poda tenho sempre na ideia meia dúzia de regras que me ajudam:
  1. "A realização dos cortes na proximidade de um ramo a que se chama "tira-seiva" evitará a aparição de ramos ladrões" 
  2. Quanto menor o diâmetro do ramo a suprimir mais rápida é a cicatrização, acima dos 3 - 5cm de diâmetro pode haver problemas de apodrecimento (pode-se usar produtos protectores)
  3. Nunca cortar a ruga do ramo, fazer um corte obliquo e limpo, sem rasgar. 
     4.   Cortar junto a um gomo, deixando-o virado para fora pois é do gomo que o ramo vai continuar a crescer.
     5.  Cortar primeiro os secos, tortos, a crescer para dentro da copa e os ladrões. Depois corto os outros.
 
    No caso desta laranjeira vou fazer um arejamento, com o objectivo de permitir uma melhor iluminação dos ramos e evitar doenças. Depois de cortar os ramos mencionados no ponto 5, se for necessário faço alguma poda de reformação, ou seja, tento ajustar a forma da árvore (cortando um ramo mais grosso, ou diminuindo o comprimento de outros).
    Há mais factores a ter em consideração numa poda, isto é um caso prático para facilitar a introdução de conceitos básicos.
    Tenho a dizer que a época de poda de uma árvore é um assunto que tem muitas correntes diferentes. Tem em conta factores edáficos, climáticos, sociais e económicos. Tenho razões para fazer agora a poda das laranjeiras.
Continua...
(as imagens foram retiradas do livro "A poda de árvores ornamentais" de Emmanuel Michau") 
in     Galhos & Bugalhos.blogspot.com
 
 
publicado por emcontratempo às 14:58

GROSELHEIRA (Ribes uva-crispa)

Arbusto de folha caduca, originário da Europa, África Setentrional e do Sudoeste Asiático. Pode atingir 1 a 3 m de altura e produzir entre 2 e 5 kg por planta. Floresce em Abril-Maio, frutifica na madeira de 1-3 anos. Plantam-se muitas vezes associadas ao mirtilo. Planta-se de Outubro a Abril a 80 cm - 1 m de distância uns dos outros, num local soalheiro ou meia-sombra, não gosta de grandes calores, demasiado abrasadores. Existem groselhas brancas, pretas e vermelhas.

Necessita de um solo bem drenado e rico em matéria orgânica. Gosta de adubo de cavalo e de minhoca. Tiram-se pedras e ervas daninhas, junto ao pé da planta e palha-se no Verão para manter a humidade junto ao pé. Cuidado quando limpar o terreno à volta pois as raízes são pouco profundas. Multiplica-se bem por estacas.

O crescimento nos primeiros anos é bastante lento e a planta não se instala facilmente. Precisa de uma Estação inteira. Uma vez a retoma assegurada a planta deve fazer o seu crescimento sem ser incomodada. No 1º ano a planta parece mesmo regredir: perca de folhagem, perda de vigor. No entanto trata-se apenas da adaptação da planta ao novo ambiente. Nos anos seguintes o crescimento torna-se consequente e a produção também. Começa a produzir os primeiros frutos a partir do 2º- 3º ano de plantação.

Os ácaros são atraídos pelas groselhas, sobretudo as cochonilhas que causam danos ao sugar a seiva das plantas. Aplicar uma solução de urtigas, se a praga se instalar. Também pode usar um óleo de Neem, com prensagem a frio, que vai asfixiar a praga. O óleo de Neem é um produto biológico, o óleo é extraído da árvore nim (India). Não se esqueça de fazer associação de culturas para melhor protecção das plantas. (Ver página da ASSOCIAÇÃO/CONSOCIAÇÃO DE CULTURAS)


Colheita de frutos faz-se de Junho-Agosto, consoante a variedade e as regiões, cortando todo o cacho (como nas uvas). A colheita efectua-se com a groselha em plena maturação. As groselhas conservam-se no frigorífico por alguns dias. Os frutos que se situam no interior do arbusto levam mais tempo a amadurecer e podem por isso ser colhidos mais tarde.

As groselhas são utilizadas ao natural; em tartes e bolos; em compotas e geleias; com carne dando-lhe um sabor agri-doce; para confeccionar gelados; em xarope; em licores e vinhos licorosos.

Poda

A groselheira só se poda verdadeiramente após o 5º ano da plantação. Até lá a desponta das extremidades é suficiente para a retoma da planta.

Poda de manutenção:

Todos os anos (a partir do 5º ano), durante o período de dormência, faz-se a poda, preferencialmente, ao fim da manhã.


- Poda de Inverno: Durante o período de dormência (Novembro-Fevereiro).

- Suprimir ramos velhos (com 4, 5 ou mais anos), mortos ou secos (são os mais acinzentados e estaladiços), e ramos mal orientados, pela base.

 

- Guardam-se cerca de 10 ramos novos (de cor clara) de 1-3 anos, são eles que formam a estrutura do arbusto. O coração do arbusto deve ficar liberto para uma melhor iluminação e arejamento que são determinantes para a saúde da planta e frutificação. Estes 10 ramos, podam-se retirando 1/3 do seu comprimento, para permitir uma regeneração dos tecidos e manter um porte compacto do arbusto.

- Os raminhos que saiam destes que se guardam, podam-se a cerca de 20 cm de comprimento acima de um gomo que esteja virado para o exterior, equivale a 5-6 olhos.  

Fig. 1 - Poda de Inverno de um ramo de groselha

 

No fim do Inverno faz-se um tratamento para evitar o desenvolvimento das doenças. No Outono e Primavera fertiliza-se as frutíferas, sempre com adubos orgânicos.

- Poda Verde:

Não se toca no prolongamento dos ramos estruturais, essa tarefa é feita apenas na poda de Inverno. Vai-se trabalhar apenas nos raminhos novos que saem da estrutura de base que, durante o mês de Maio se despontam a 5 folhas (quando tem o dobro). Não se fazem mais podas durante o Verão.


QUADRO DA PODA

Poda de Inverno

Suprimir pela sua base, ramos velhos, mortos ou secos e mal orientados.

Poda Verde em Maio

Em Maio despontam-se os ramos novos a 5 folhas (quando tem o dobro). Já não se poda mais no Verão.

da net

publicado por emcontratempo às 14:51

05
Set 19

 

...E todo o silêncio é música em estado de gravidez.

Mia Couto (in Jerusalém)

publicado por emcontratempo às 17:05

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