Quando fora do teu leito,
me sentindo estrangeira,
como é bom, como me deleito,
como arde o coração em meu peito,
ouvir entre os transeuntes, em jeito
de voz soando a conhecida,
oh como é bom, Pátria amiga.
Ao seguirmos nas ruas, vielas, prenhas
de gente balbuciando, se solta um grito,
um eih, olá, não me conheces, sou do Pico!
E, aí o coração palpita, em alegria tamanha,
ao soar a linguagem, que o ouvido não estranha.
Oh saudosa terra amada, pequeno torrão natal,
mesmo longe, estás gravada, guardada,
em pequenino lugar, para sempre acalentada,
no peito se me bate o coração,
minha doce terra amada, cantinho de Portugal.
peregrina