Por vezes o desânimo é tão grande e a vida parece nada, nada, que o corpo, se esvai em angustiosas marés do esmorecer. É o crespúsculo do fim.
E... fico-me a olhar este lago, este mar, que me tortura:
"Lago ilusório ! - eras um mar profundo:
- O mar da desventura, embravecido,
que nas ondas de pranto envolve o Mundo!...
Ó vida, ó Nada, em que vivi em vão!
Que és tu? E que fui eu? - sem ter vivido
o sonho que sonhara o coração"
Maria Isabel da Câmara Quental