Uma foto real. Esta história devia aparecer nas manchetes dos jornais, e não as outras porcarias anti-americanas que conspurcam o nosso Ego.
Uma foto real. Esta história devia aparecer nas manchetes dos jornais, e não as outras porcarias anti-americanas que conspurcam o nosso Ego.
Fotos: Padre Marco Martinho
(Foto, aquando do centenário da Imagem da Senhora das Candeias, Padroeira da Freguesia da Candelária, Ilha do Pico)
Dia da Senhora das Candeias.
Há um ano fomos muitos em peregrinação.
Da Igreja do Monte até à Candelária em procissão de velas.
Da comemoração dos 100 anos ...
(in www.magdala.blogs.sapo.pt)
Partímos.
Ainda fomos alguns.
Uns começaram de suas casas em peregrinação
Outros apenas de junto da Igreja, como eu.
Peregrinação até à Ermida de Nossa Senhora dos Milagres.
Ao Chachorro, Freguesia das Bandeiras, Concelho da Madalena.
Fomos ali agradecer-lhe por mais um ano passado sem crises de sismos.
Agradecer-lhe tantas e tantas bençãos...
Fazer "silêncios"...
Segredar-lhe as nossas necessidades.
Ou até fazer ruído, alertar quem passa indiferente a tudo isto...
O caminhar, o rezar e cantar juntos...
Sentir que outros caminham connosco.
Lado a lado, o caminhar de um povo.
Mesmo com alguma chuva e frio, não desistimos.
Ali. Junto ao mar...
Ali, frente a frente com a Senhora.
Prometi ir uma vez.
Hoje vou, continuo o gesto de há anos.
Não para "pagar a promessa" mas porque não consegui deixar de ir.
Senti-me cativada.
No gesto de louvar e agradecer,
caminhando...
Tirando este momento para dedicar à Senhora.
Caminhar rezando em grupo.
Algo que me motiva desde tempos
e sobretudo neste tempo,
em que o tempo é tão minguado para as "coisas" de Deus.
Um modo de registar algo de meu e o que me separa de algumas coisas como as preocupações e opiniões e ainda alguns propósitos do meu viver, do meu existir.
Num sentir perturbado e numa ânsia desmedida, tento dar forma à minha existência, limar os desajustes, dar-lhes algum sentido.
Quero que a tenda do meu ser, às vezes perdida no fosso, onde todas as formas verbais, oprimem e desconjugam o sentido crucial do viver, se liberte!
E conjugando o existir, aqui deixo, amigo leitor pedaços de mim.
Sim deixo-te algo de meu, a minha mensagem, mesmo que não seja lida, ela é para ti,
mesmo que engastada pelos anos e perdida no silêncio do esquecimento!
Cada vez que piso este espaço de partilha, é um pouco de mim que se vai gastando no tempo!
Sim muitas vezes escrevi e escrevo apenas para desabafar e desabar cá para fora o que sinto e penso; o resto, o resto, não interessa.
Sim este é o meu espaço.
Interrogo-me muitas vezes, valerá a pena?!
Encaro tudo isto pela positiva, pois registar e guardar na arca das lembranças, sem partilhar, não faz parte da minha maneira de ser e de sentir...
Espero poder dizer algo, nada dizendo... - por cá fica um pouco da minha alma, neste "(Em)contratempo que os dias vão matriculando, de mais ou menos páginas, com mais ou menos tinta, e sobretudo com um pouco ou nada de vida que continua, por isso cada post que escrevo, humildemente mostra que vivo...
Possivelmente muitos virão aqui, e alguns deixarão de vir, por muitas razões.
Enfim! ...
Faltar-lhes-á algo, algo que não consegui transmitir, mas ...
... o que não posso é deixar de partilhar este "nada" mesmo que pouco seja!