"O casamento é a história romântica mais feliz da nossa vida. Todos nós sempre sonhamos com este grande dia (que se mistura como um conto de fadas).
O casamento é uma festa de grande dimensão e em simultâneo um contrato. Houve e sempre haverá um fascínio pela «pompa e a circunstância» dos casamentos: a saudade dos contos de fadas.
O ritualização e a festa constituem momentos de memórias para mais tarde recordar e sonhar.
Casamento, matrimónio é vínculo estabelecido entre duas pessoas, mediante o reconhecimento governamental. Deve ser baseado em ideais puros e sentimentos recíprocos numa relação afectiva entre duas pessoas. Mas o casamento também é um contrato com a finalidade do compromisso da fidelidade e sexo. Casar é um acto de conformidade em que se obtém licença legal para ter filhos com honoralidade social dentro da legalidade.
A união e a família faz parte de uma realidade social, construída junto com a evolução da humanidade. Durante séculos, as pessoas passavam por rituais da corte, com um parceiro, e então partiam directamente para o casamento que deveria ser para toda a vida. Uma união que pretendia a procriação, passou também por cotas ligadas ao valor das propriedades, à conquista das terras e aos acordos políticos entre os nobres.
O casamento era essencialmente um acto de aquisição. O noivo adquiria a noiva, a transacção era selada por meio de pagamento de uma moeda de ouro ou de prata.
No passado um jovem casal, que iniciava a vida a dois, tinha suporte emocional e logístico, pois contava com o apoio da família (antes numerosa).
Nos anos 60, recordo-me perfeitamente, ainda se fazia negócio dos bens antes do casamento. A noiva tinha que levar dote.
O casamento de hoje
Se olharmos a história do casamento ao longo dos séculos, as mudanças hoje registadas estão relacionadas com a mudanças da mulher na sociedade. As mulheres trabalham como o homem e partilham com ele o fardo conjugal. A modernidade trouxe dificuldades aos casais. Debaixo do mesmo tecto surgem diferentes ilusões e expectativas pelo que há que cultivar a amizade com indulgência para que o casal funcione. A vida comum é a compreensão, interessar-se, dar e receber. Senão resulta uma batalha muito difícil.
Hoje, infelizmente, o número de divórcios permite-me concluir que algo está a falhar na instituição do casamento. Neste tempos de mudanças, há que reciclar o casamento, reconstruir e dar novas energias e optimismo à relação consagrada.
Os tempos evoluiram, sem duvida. A mulher, hoje em dia, tem os direitos dos homens no trabalho e as mesmas responsabilidades. Mas, antes de casarem, os noivos devem conhecer muito bem a pessoa com quem vão casar.
Não sou contra o divorcio, de maneira nenhuma, mas na ultima instância. Por exemplo: droga, adultério permanente, jogo incontrolável, alcoolismo, etc. Mas, mesmo assim, temos que ajudar e ver qual a razão destes comportamentos.
Costumo dizer que a caridade começa em casa.
Algumas dicas para salvar o casamento
Faça um casamento por amor. Hoje em dia não é fácil, mas é possível, com consciência tentar salvar o amor e a alma do casamento, para um bem-estar dos filhos e de nós próprios.
Tem de haver diálogo, convivência civilizada, palavras de apreço, carinho físico, amabilidade, compreensão, espaço de ajuda e respeito.
Os inimigos da desejável boa comunicação são as críticas, ataques pessoais e desprezo. (que são nojentos)
Quem quer um casamento feliz obriga-se a um desempenho especial. Há regras e estratégias para o casamento funcionar e sabe-se que os pequenos passos levam longe.
A filosofia do casamento não é atracção física. É justamente a harmonia, complementaridade e cumplicidade.
A cultura do casal no casamento reflecte a sua vitalidade como qualquer coisa importante que liga as pessoas e as estabiliza nas relações.
Conhecer bem o passado, os sentimentos, os gostos são formas de salvaguardar-nos dos aborrecimentos quotidianos; renovar, evoluir e ouvir. O aperfeiçoamento intelectual e espiritual tornam a relação mais atractiva.
Para um casamento funcionar deve partilhar-se o desejo de compromisso para a vida com respeito, honestidade, confiança, intimidade.
Ser-se autónomo não é ser prisioneiro. «Cultivar-se o jardim privado» não será uma vida dupla mas a descoberta de talentos.
Não há igualdade entre homens e mulheres. Os homens e as mulheres têm um papel«diferente na sociedade».
A mulher têm mais trabalho que o homem. Sempre foi e sempre será assim, caso queira manter o casamento. Por mais que ele tente colaborar, não tem a capacidade de lidar com toda a situação como: lidar com os serviços domésticos, trabalho, filhos etc., etc.
Ainda nos tempos de hoje a maioria dos homens é mais conservador do que a mulher, no que diz respeito à familia...
A mulher pode proporcionar ao seu marido aquilo que ele quer para se sentir feliz. O homem gosta de se sentir importante. Gosta de ter orgulho na sua própria mulher, que ela esteja bem apresentada, que o acompanhe nos passos mais importantes da sua vida. Quando chegar a casa precisa de tempo e de espaço para ter a sensação que está livre, ler o jornal, mudar de roupa, ter uma cadeira preferida, enfim, pormenores que se conhecem da natureza da psicologia masculina. O homem tem de sentir confiança para estabelecer boa comunicação. É essa a medida da sua relação no casamento.
A mulher deve cultivar a sua intuição, sem todavia confessar ou partilhar todos os seus segredos. Tente ser inteligente.
Se a mulher toma conta do marido como se fosse a sua mãe, deixa de ser a mulher com quem ele casou. A mulher deve trabalhar para sua identidade. Saber dizer não é importante. O orgulho feminino deve ser inteligente. Deve fazer do seu casamento um caso único.
O casamento é um encontro de almas, certas evoluções enriquecem-no mais do que imagina.
Todos os casamentos passam por fazes difíceis; saiba superar os momentos menos bons. O casamento nem sempre cumpre a fantasia que dele se tem.
Na vida de casada não pode mudar o seu marido, mas pode mudar-se a si própria; é a única batalha que pode ganhar.
Se quer o seu marido para sempre, para o melhor e para o pior, deve continuar com coragem e disciplina.
A boa comunicação, é a parte vital do casamento.
A cortesia evita a escalada do mau estar, que é a porta aberta para o rancor.
Penso que vale a pena lutar pelo seu casamento. Foi tudo aquilo que sonhou e fantasiou. O casamento é uma relação estável e promotora de estabilidade, pois é uma declaração pública de compromisso. Não é uma instituição económica.
Lute cada vez mais pelos valores familiares e sociais. Como é importante para si e para os seus filhos a sua estabilidade familiar.
Agradeça todos os dias por ter encontrado a companheira(o) da sua vida. As pessoas não são iguais, completam-se.
A união faz a força
Como é maravilhoso conservar a família enquanto há vida, e não sentir o peso da solidão.
Espero com as minhas pequenas dicas, possam ajudar a ser mais feliz no seu casamento."
de Maria Helena Ribeiro