Hoje, hoje ...
fiquei triste por dentro,
sabes Senhor porquê?!
... é que dói mesmo,
sobretudo...
quando se está inocente,
mas...
coração de mãe,
tudo desculpa,
tudo compreende,
tudo acarinha.
Mãe é mãe.
Hoje, hoje ...
fiquei triste por dentro,
sabes Senhor porquê?!
... é que dói mesmo,
sobretudo...
quando se está inocente,
mas...
coração de mãe,
tudo desculpa,
tudo compreende,
tudo acarinha.
Mãe é mãe.
É realmente uma figura marcante na comunidade desta nossa aldeia, (a Constância, Benevolência?, ou ... como vos aprover chamar), pois nem é isso que interessa, até porque os nomes adjectivados geralmente são dados pelo interesse que possa dar a quem lhos põe, se essas pessoas possam influenciar no bom sucesso da vida destas.
Como não é o caso, chamem-lhe o que entenderem estar mais de acordo com a sua vida.
Amada por uns, admirada por outros e, ignorada ou até mesmo invejada por alguns, ela continua a sua "luta", com um "modus vivendi" normal, à primeira impressão, mas ...
...a maneira de ser, de personalidade forte, essa sim, torna-a diferente das muitas pessoas do seu vulgar convívio.
Um tanto ou quanto envergonhada e tímida, faz com que não lhe conheçam os pensamentos, esbugalhados através do seu olhar fixo e penetrante, como que a querer entrar na alma de quem a vê e desabar todos os seus problemas, todos os seus anseios e todas as suas agruras da vida, mas ...
... esse alguém não existe - diz ela acentuadas vezes.
então, por vezes fecha-se, na crosta dos seus anos e ...
acomoda-se tristemente no seu rosto, tostado de alguns sóis.
É assim a Constância ( prefiro chamar-lhe assim agora),
porque apesar de tudo, ainda continua a caminhar em frente, muitas vezes com olhares cansados e pálidos de alguma desilusão, mas ...
não se descoze ... vai em frente e ...
... mesmo sabendo que são muito raros os/as bons amigos,
solectamente vai procurando encontrá-los,
admite existirem poucos pois...
e se, a vida está tão cheia de nadas e tão vazia de tudo que o tempo, não tem tempo de dar algum tempo, ao tempo de alguém.
O que estarão a pensar agora, aqueles que lerem esta tradução?
Será que o tradutor conseguiu o seu objectivo?
Concerteza que quem não foi e não é como a Constância: sonhador, firme, trabalhador, honesto, amigo, confidente, passará indiferente por tudo isto.
Outros conseguirão ver-se ao espelho, pois muito daquilo lhes é familiar, faz parte do seu ego, trabalham constantemente com estas "figuras" até as levam à missa e tudo ...
... é pois uma grande realidade
é o nosso modo de viver o dia a dia,
uns escolherão uma ou mais figuras que habitam o ser e o espírito de Constância, outros outras, e ... e até outros nenhumas, pois é ...
... está escrito no rosto e no corpo, apenas tentei traduzir, afinal...
... é assim, e ponto final!
by peregrina
É assim,
A viagem da vida tem sido uma luta constante ...
... cheia de altos e baixos, ventos contrários, contratempos ... alguns desgostos e muitas alegrias ...
Viajei no mar escuro do sofrimento, qual nau naufragada, perdida na imensidão de um oceano, sem luz, nem norte.
Apenas céu, céu ... e uma só estrelinha, a minha estrelinha!
Essa nasceu comigo.
Nunca a perdi de vista ...
... ainda a tenho hoje, volvidos tantos anos, uma vida, como se diz.
A caminhada é longa ...
Eu e ela ... sempre ... sempre ...
É uma luta.
E lá vamos, somos inseparáveis.
Pelo caminho abundam as névoas, muitas névoas ...
Mas ela vai ali, com ela sinto toda a força do mundo!
Sinto-me confiante!
Resta-me ir procurando a vereda melhor, como dizia meu pai que o Senhor lá tem.
peregrina 2003 11 07
São tantos anos passados
e tantos anos vividos.
Tantos caminhos traçados
e alguns mal percorridos.
De dissabores carregados
e corações doloridos.
Andam os olhares cansados
tristes rostos carcomidos,
por carácteres inundados
de raiva e ódio possuídos
que vivem obessecados
e me quitam os sentidos.
peregrina 2005 03 15
Um modo de registar algo de meu e o que me separa de algumas coisas como as preocupações e opiniões e ainda alguns propósitos do meu viver, do meu existir.
Num sentir perturbado e numa ânsia desmedida, tento dar forma à minha existência, limar os desajustes, dar-lhes algum sentido.
Quero que a tenda do meu ser, às vezes perdida no fosso, onde todas as formas verbais, oprimem e desconjugam o sentido crucial do viver, se liberte!
E conjugando o existir, aqui deixo, amigo leitor pedaços de mim.
Sim deixo-te algo de meu, a minha mensagem, mesmo que não seja lida, ela é para ti,
mesmo que engastada pelos anos e perdida no silêncio do esquecimento!
Cada vez que piso este espaço de partilha, é um pouco de mim que se vai gastando no tempo!
Sim muitas vezes escrevi e escrevo apenas para desabafar e desabar cá para fora o que sinto e penso; o resto, o resto, não interessa.
Sim este é o meu espaço.
Interrogo-me muitas vezes, valerá a pena?!
Encaro tudo isto pela positiva, pois registar e guardar na arca das lembranças, sem partilhar, não faz parte da minha maneira de ser e de sentir...
Espero poder dizer algo, nada dizendo... - por cá fica um pouco da minha alma, neste "(Em)contratempo que os dias vão matriculando, de mais ou menos páginas, com mais ou menos tinta, e sobretudo com um pouco ou nada de vida que continua, por isso cada post que escrevo, humildemente mostra que vivo...
Possivelmente muitos virão aqui, e alguns deixarão de vir, por muitas razões.
Enfim! ...
Faltar-lhes-á algo, algo que não consegui transmitir, mas ...
... o que não posso é deixar de partilhar este "nada" mesmo que pouco seja!