porém de singular beleza!!!
Oh Pico, Pico das faias,
Oh Faial, Faial das canas,
Oh Pico tu não me logras,
Oh Faial tu não me enganas.
(minha mãe cantava assim.
será que faz parte de cantares
de algum grupo de folclore).
Este Pico que me encanta,
é feito de graça tanta,
magestoso e singular.
O que é triste e espanta,
é que tanta gente, tanta,
não o queira respeitar.
E pelas suas enseadas,
bonitas e recortadas,
tanto lixo ousam pôr.
É preciso mentes educadas,
limpas e asseadas,
Que digam: Páre se faz favor!
Oh nossa Ilha lisonjeira,
tua gente hospitaleira,
merece muito melhor.
Todo aquele que a goza,
bem fala dela, formosa,
graciosa, oh Pico encantador!
peregrina2010.02.24
Nunca esquecerei os meus avós e os nossos antepassados que deram formas e edificaram, erguendo pedra a pedra, monumentos a rendilhado negro.
Negro, soado e persistente, para sustento de tantos e tantos que se recordarão ou esquecerão, não sei.
Sei que de dentro deles, ainda hoje brotam deslumbrantes e sumptuosas parreiras.
Parreiras onde se escondem, ao olhar do sol, espevitando raio a raio cada portal, cachos verdes doirados e roxos brilhantes.
Brilhantes e abanados pela aragem, ora quente, ora fresca, que o vento empresta a cada folha, bafejando de frescura os cachos, docemente embalados e luzentes.
Luzentes são os suspiros sumarentos e pisados que brotam de entre mãos e pés nos balseiros e lagares.
Lagares, para onde se escondem estes manjares de verdelho e tinto, bonitos cartões de visita da Vila, da Ilha e por que não da Região.
Região de onde outrora navegantes levaram até lá, à mesa dos Czares, este néctar delicioso, que:
De entre quadrículas negras,
basálticas e seculares,
nascem sumptuosas parreiras,
de perfumados cachos
triturados nos lagares...
...e deliciosos paladares,
outrora saboreados
nas lautas mesas dos Czares.
peregrina Verão2008
Pico!!!
Imponente montanha
que nos serena a alma,
eleva o espírito
e aponta o Céu!