Esqueceram-Te, ó doce e meigo Nazareno
desejando apagar a santa luz que encerra
Teu sublime Evangelho e Teu olhar sereno,
e o mundo mergulhou nos horrores da guerra.
Volta ó doce Pastor, ao páramo terreno
só Tu conheces bem o rebanho que erra
e tu, sómente Tu, podes salvar a Terra.
Muito embora, Senhor, não seja deste mundo
o Teu reino de luz e paz, que amor profundo
abrase o nosso velho e exausto coração;
A Ti, que és o caminho, és a Vida e a Verdade,
seja dado este amor de toda a humanidade,
Sê nosso Pai, ó Tu, que és nossa Redenção!"
Rio de Janeiro, Setembro de 1944
Iracema Nunes de Andrade (bras.)