O desafio dos nossos dias...

25
Out 11

 

 

Sou uma pobre pastora,

rezo sempre a Maria

no meio do meu rebanho,

sou o sol de cada dia..

 

Com os meus cordeirinhos,

eu aprendi a saltar.

Sou alegria da serra

e passo o dia a cantar.

 

Subo montes, desço vales,

subo e desço colinas,

para dar ao meu rebanho

as mais tenras das ervinhas.

 

As duas primeiras quadras, lembro-me de minha mãe cantar.

Não sabia de quem era.

Há poucos anos vi que eram quadras que os Pastorinhos cantavam.

A terceira quadra fi-la eu, para juntar mais uma .

Fizemos um pequeno teatrinho.

Tinha várias peças todas pequenitas.

Foi apenas apresentado para as pessoas do meu lugar.

Tinham e tem por hábito ir ao terço à ermida de Santo Cristo.

Penso que foi numa tarde de Domingo.

Todos se juntaram por ali, para ver os mais pequenos.

Estavamos longe ainda de sonhar com o Salão.

Foi então representado no armazém do sr. José Luís Vieira.

Era um armazém onde ele arrumava os tunéis de vinho.

O armazém do José Caetano como assim é chamado, foi palco.

E todos viram e se regalaram naquele mágico momento entre crianças.

A pastorinha era a minha rica prima que o Senhor levou em nova idade.

Cantava como um rouxinol.

 

Afinal descobri na net que estes versinhos eram cantados pelos pastorinhos.

Aqui anoto a letra dos versos porque tem algumas diferenças:

 

Amo a Deus no Céu,

amo-O também na terra;

amo o campo, as flores,

amo as ovelhas na serra.

 

Com os meus cordeirinhos

eu aprendi a saltar.

Sou alegria da serra,

e sou o lírio do vale.

 

Sou uma pobre pastora

rezo sempre a Maria.

No meio do meu rebanho

sou o sol do meio-dia.

 

Ó, i, ó ai!

Quem me dera ver-te agora!

Ó, i ó ai!

Meu Jesus, já nesta hora!

http://paginas.terra.com.br/arte/leiame/fatima.html

publicado por emcontratempo às 10:51

30
Jun 11

 

 

O pobre trabalhador,

leva a vida atribulada.

Desde manhã ao sol pôr,

a puxar pela enxada.

 

refrão

Dizem que o trabalhador,

dizem que o trabalhador,

é rude não sabe nada.

Dizem que o trabalhador,

dizem que o trabalhador,

é malandro, não faz nada.

 

Sempre, sempre a trabalhar,

é assim nosso viver.

Se não podemos ganhar,

nada temos p'ra comer.

 

(versos que minha mãe cantava, desconheço a origem, será que alguém sabe?!)

publicado por emcontratempo às 11:46

02
Out 10

Côro

Ora venham vê-las

que vão a passar

de cesto no braço,

vem de vindimar.

Ora venham vê-las

que vão a passar

de cesto no braço,

vem de vindimar.

 

Juras Manuel ser meu,

Juras Maria ser minha

Fazem promessas de amor,

no adro da ermidinha.

 

Leia-ra-reia-ra-reia,

leia-ra-reia-ra-ra.

 

....

 

(devem ser mais versos, só que não me lembro.

estes foram os que decorei quando vi o Teatro penso que da Ribeirnha, não sei?!

era ainda criança de escola, já lá vão alguns dias:)

 

Côro

 

....

publicado por emcontratempo às 23:18

 

Foi à beira do lagar

que aquele amor começou,

o Zé andava a pisar

ela assim o namorou.

 

Eram horas de alegria

que ninguém sabe contar

o sangue deles fervia

como o vinho no lagar.

 

E a brincar,

veio a sede dos beijos,

junto ao lagar,

foram matar seus desejos,

tal qual como o vinho doce,

eram doces os seus beijos.

Tal qual como o vinho doce,

eram doces os seus beijos.

 

Passaram dias,

e o vinho doce azedou,

e a Maria,

com o seu Zé se zangou,

tal qual como o vinho doce

aquele amor azedou.

Tal qual como o vinho doce,

aquele amor azedou.

 

Cantares de teatros no tempo da minha infância.

Íamos a pé até ao Valverde, para aí ver Teatro Amador.

Alguns eram de cá.

outros vinham de freguesias de trás da Ilha, como por aqui  se diz.

E que não seja tomado em tom depreciativo como muitos podem pensar.

É que faziam-se mesmo muitos teatros que vinham até cá.

Sei de alguns que eram da Piedade, Ribeirinha, etc...

publicado por emcontratempo às 23:11

27
Mar 09

 

 

"O Teatro nasceu em Atenas, associado ao culto de Dionísio, deus do vinho e das festividades..."

 

O Dia Mundial do Teatro foi criado em 1961, pelo Instituto Internacional do Teatro / Unesco.

"Dia Mundial do Teatro: Inventar outro mundo é possível - Augusto Boal

Lisboa, 26 Mar (Lusa) - A "invenção" de outro mundo, "possível", construído pelas "mãos" de "todos" "em cena, no palco e na vida", é o desafio do dramaturgo brasileiro Augusto Boal na mensagem internacional que assinala o Dia Mundial do Teatro.

"Temos a obrigação de inventar outro mundo porque sabemos que outro mundo é possível. Mas cabe a nós construí-lo com nossas mãos entrando em cena, no palco e na vida" - é o imperativo deixado pelo ensaísta e director de teatro brasileiro, fundador do Teatro do Oprimido e que especialistas consideram uma das grandes figuras do teatro contemporâneo.

Porque, olhando o mundo "além das aparências, vemos opressores e oprimidos em todas as sociedades, etnias géneros, classes e castas, vemos o mundo injusto e cruel" e porque "actores somos todos nós, e cidadão não é aquele que vive em sociedade: é aquele que a transforma!", afirma Augusto Boal, na mensagem que foi convidado a escrever pelo Instituto Internacional do Teatro (ITI), um organismo da UNESCO.

"Teatro não pode ser apenas um evento - é forma de vida! Mesmo quando inconscientes, as relações humanas são estruturadas em forma teatral", porque "tudo que fazemos no palco fazemos sempre em nossas vidas: nós somos teatro!", enfatiza Boal.

"Somos todos artistas: fazendo teatro, aprendemos a ver aquilo que nos salta aos olhos, mas que somos incapazes de ver, tão habituados estamos apenas a olhar", observa, porque o que "nos é familiar torna-se invisível" enquanto que "fazer teatro, ao contrário, ilumina o palco da nossa vida quotidiana".

Na sua mensagem, Augusto Boal faz alusão a alguns casos recentes - nomeadamente à bancarrota do banco norte-americano Lehman Brothers e a reuniões secretas das quais políticos saíram com soluções "mágicas" - que surpreenderam quem pensava viver "num mundo seguro" para considerar que "teatro é a verdade escondida".

Augusto Boal, que entende o teatro como instrumento de emancipação política e de intervenção social transversal a várias áreas como educação, saúde mental ou sistema prisional e cujas ideias se espalharam um pouco por todo o mundo, tem vasto e reconhecido currículo na área.

Nascido no Brasil em Março de 1931, esteve exilado em vários países durante a ditadura militar que governou o Brasil. Portugal foi um desses países, onde, na segunda metade da década de 1970, viveu dois anos e trabalhou com A Barraca.

Durante a sua colaboração com A Barraca - altura em que Chico Buarque lhe dedicou "Meu caro amigo", uma carta musicada de crítica à ditadura militar brasileira - assinou "A Barraca Conta Tiradentes" e adaptou "Lisístrata" de Aristófanes.

O Dia Mundial do Teatro foi instituído em 1961 pelo ITI, que anualmente convida uma personagem ligada a esta arte a escrever uma mensagem internacional a assinalar a data. A primeira foi escrita por Jean Cocteau em 1962."

(in Diário de Notícias)

publicado por emcontratempo às 13:11
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09
Set 08

 

 

 

 

Apanhar as uvas por entre os currais

apanhar as uvas, pr'o ano há-de haver mais....

 

Côro

Ora venham vê-las

que vão a passar,

de cesto nos braços,

vem de vindimar.

 

Juras Manuel ser meu,

juras Maria ser minha,

fazem conversas de amor,

no adro da ermidinha.

 

....

 

versos que ouvi num teatro no Valverde, vindo de "trás da Ilha", Piedade ou Ribeirinha ou ... não sei bem.

 

"trás da Ilha" expressão usada aqui pelos meus lados, em abono da verdade, a Ilha não tem parte trás, nem parte da frente, é força de expressão simplesmente.

publicado por emcontratempo às 15:34

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